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quinta-feira, 13 de junho de 2013

O milagre de ser mãe

Embora o tempo teime em mostrar o contrário, estamos no verão, época de férias, praia e santos populares.  Hoje, dia 13 de Junho, dia de Sto. António e feriado de Lisboa, fui assistir às marchas da escola da minha filha. A má organização do evento e a timidez do público que mais parecia estar num velório, contrastou com o bom trabalho das educadoras e auxiliares. Os fatos estavam muito bonitos e dentro dos possíveis os miúdos estavam bem ensaiados. Trabalho um pouco inglório, se atendermos ao facto de tanto trabalho se ter resumido a uns dez minutos de actuação de cada grupo, debaixo de um sol intenso. Mas não é sobre isto que pretendo falar. Pois existe algo comum a muitos de nós que sempre achei melodramático e excessivo até ter sido mãe. Imaginem que estão numa feira e o vosso filho está a andar num carrossel e cada vez que passa perto de vocês, acenam como se o puto fosse partir de viagem.  Sabem quando avistam os vossos filhos, no meio de um grupo de miúdos que dança, canta, faz teatro ou simplesmente sobe a um palco, e vos teima em cair pelo rosto uma lágrima de orgulho e comoção?Pois, eu sempre que assistia a isto nos outros pais dava por mim a abanar a cabeça como se aquilo fosse a coisa mais ridícula de sempre. Mas já diz o ditado: "não mandes pedras ao telhado do vizinho" . Hoje foi a minha vez de fazer esta triste figura. E o mais engraçado é que não me importei por um segundo se alguém estava a ver de longe e a abanar a cabeça em sinal de gozo. A minha filha, a minha pequena princesa estava ali, linda e luminosa marchando ao lado dos coleguinhas. Estava ali a menina que mais amo para que todos pudessem ver e admirar. Tentei até agora descrever o que me leva a chorar de emoção nestas situações, visto que com o irmão mais velho tive alguns destes episódios. É um misto de admiração com orgulho. É como se nem pudesse acreditar que aquele ser tivesse vindo de mim. Por mais  insignificantes que as suas prestações sejam, esta pequena lágrima está sempre presente. Ridículo ou não, pude confirmar que não era a única a sentir o mesmo. Foram muitas as mães que disfarçaram as lágrimas ao verem os seus pequeninos a marchar pela avenida. Feitas as contas, estes momentos são os mais importantes. No meio de tanta luta para os criar, de tanta dificuldade que a vida nos traz, de tanta falta de tempo para lhes mostrar que estamos presentes, são estes momentos que nos mostram que pelo menos uma vez na vida fizemos o melhor do mundo: os nossos filhos. Estes momentos, servem para nos iluminar a alma e são uma lufada de ar fresco que nos permite arrepiar caminho e sentir que fizemos algo verdadeiramente mágico: demos vida a um outro ser que tem na mão a chave para um futuro melhor. Na maior das provações, pensem e revivam estes breves momentos e verão que tudo valeu, vale e valerá sempre a pena por estes seres maravilhosos que nos deram de presente a maior das lições. Ser pai ou mãe, é a maior das bênçãos. Usemos isso em todos os momentos: os bons e os menos bons, para gerarmos força e enfrentar tudo o que estiver para vir. 

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