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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Anda tudo ao papel!

Então não é que anda para ai gente que agora, tempo de crise, até come papel? Pois é, parece que o vice-presidente da câmara de Portimão apanhou o inspector da Judiciária distraído e tirou-lhe um documento (comprometedor), engolindo-o. Pelos vistos, a crise toca a todos. Já tinha ouvido falar de pessoal que anda ao papelão, de gente que anda mais do que nunca ao papel, de modelos que comem papel higiénico para enganar a fome, agora isto é o cumulo da fome. O coitado foi preso e talvez por adivinhar a sua sorte e saber que se come pessimamente nas cadeias, antecipou o almoço e toma lá morangos! (Neste caso, papel.) Se a moda pega, quero ver o nosso anterior Primeiro Ministro e a sua comitiva (corja) a dar a volta a quinhentas páginas da comissão de inquéritos às parcerias público-privadas. Mas temos de ver as coisas pelo lado positivo já que tanto se tem falado de reciclagem, estes comedores de papel podem ser importantes para o futuro. Os recibos verdes, poderão ser literalmente emitidos e imprimidos sem abate de mais árvores. Sim, porque já estamos acostumados ao que se segue após estas revelações bombásticas: muito alarido, muita conversa e depois...bem depois só dá a mesma merda de sempre. Os menos influentes vão passar uma temporada à cadeia e os outros emigram ou andam de costa direita e até têm direito a tempo de antena extra. Difícil de engolir vai ser a conta apresentada quando se apurar ao certo o que todos estes negócios nos vão fazer ao bolso. Mas existem coisas que já deviam ter sido comidas ao tempo, tipo promulgações do nosso Presidente da Republica que atrasa os pagamentos dos subsídios para Novembro. Ninguém me tira que anda enrolado com o São Pedro. Se um atrasa o verão, outro atrasa as férias. Mas férias para quê? Pobre, cada vez menos, tem férias. Descansa a vista, passa o sofá a ferro e, com sorte, apanha uns caracóis para o lanche. Se calhar, mais valia tomarmos este senhor como exemplo e começarmos a pensar na nossa alimentação. Todos se queixam que os preços dos alimentos estão pela hora da morte. Então porque não comer papel? 
" O que temos hoje para o jantar?"
" Temos que acabar com os restos. Tu comes a factura da luz e eu vou cozer umas batatinhas com a da TV Cabo."
" E o que levo para o almoço amanhã?"
" Estava a pensar num folheto do supermercado à Brás."
" Pode ser, mas tira-me o IVA que me faz azia."
Conclusão, ficamos com menos contas em cima da mesa de entrada, acabamos com a enorme montanha de publicidade e com um pouco de sorte, com a compra de papel higiénico. Sim, porque acredito que depois de tanto papel, na ida à casa de banho, já vem tudo embrulhadinho.

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