Bem vindos!

Conta-me histórias é um blog onde vos mostro alguns dos meus trabalhos e onde podemos falar de tudo um pouco. Apresenta certos assuntos que acho relevantes e interessantes, sempre aberta a conselhos da vossa parte no sentido de o melhorar. Obrigado pela vossa visita. Fico à espera de muitas mais.

sábado, 28 de agosto de 2010

Pobre não tem férias, apenas muda de sitio


Há já algum tempo que não escrevo no blog porque estive de férias no norte do país. Se é que se podem chamar férias àquilo que passei nos últimos dias. Embora sair de Lisboa, rumo a um destino cheio de espaços verdes e de ar puro seja agradável, acabamos por não deixar a rotina de lado, só podendo defenir como férias o facto de viajarmos para longe da agitação da capital. Se não, vejamos: um casal com filhos, com idades compreendidas entre os 10 meses  e os dez anos, viajam para uma casa de família na terra. O primeiro dilema é meter a bagagem toda no carro, (onde viajarão 5 pessoas, dois adultos e três crianças). A mala do carro não é grande, e a viagem tem muitas vezes que ser feita de pernas abertas, para caber mais um saco à frente. Pelo caminho, os mais novos, cantam, choram, gritam e passado 30 minutos de caminho, começa a famosa canção do "falta muito para chegarmos?" A vontade e pressa de chegar é tanta, que o condutor não põe sequer a hipótese de parar pelo caminho, uma vez que seja. O rádio vai ligado, mas com os vidros abertos, não se ouve mais do que um ruído de fundo. Em contrapartida, a ausência de ar condicionado, não nos permite fechar os vidros, sob pena de sufocarmos de calor. Após 3 horas de viagem que mais pareciam 3 dias e depois de 452 "falta muito para chegarmos?", finalmente podemos esticar as pernas. É como aprender a andar de novo. De seguida, colocar toda a tralha em casa e começar a pensar no almoço. Para começar em beleza, vamos almoçar fora. Depois, fazemos as compras, a fim de cozinhar em casa as próximas refeições. E já está; começa a rotina das férias. Embora sem horários rígidos a cumprir, e entre passeios e festas de verão, temos sempre que fazer almoço, jantar, lavar, estender e passar roupa, lavar louça, enfim, o mesmo que fazemos o resto do ano, mas com uma vista impressionante de montes e vales em vez da imagem da vizinha da frente em cuecas ou do vizinho do lado a fumar um cigarro à janela. Para ajudar à festa, a televisão com antena interior, apenas apanha 3 canais, o que com a óptima programação da televisão portuguesa, nos remete e ver a Júlia Pinheiro ou o Figueiras à tarde, as novelas à noite e com um pouco de sorte e falta de sono, um filme que já vimos 300 vezes, lá prás 2 da manhã. Das noticias nem vale a pena falar; vai desde os incêndios, aos acidentes de viação, a menores violados, sem deixar de poder referir a famosa e sempre na moda crise do país.  No meio de tudo isto, ainda temos tempo para dar em doidos com os miúdos, que passam a vida a engalfinharem-se uns nos outros ou a juntarem-se para fazer disparates. E assim passam 15 dias de "descanso". Não sem antes metermos tudo no carro outra vez, com a nítida sensação que levamos mais coisas do que as que trouxemos, sem saber muito bem onde encaixar tanta tralha, viajar por mais 3 horas e descarregar tudo outra vez para casa. E depois de toda esta canseira a quem alguém chamou de férias, chego à conclusão que pobre não tem férias, apenas muda de sitio. Como seria bom ter dinheiro para passar uns dias num hotel, com pensão completa. Enquanto esse dia não chega, vamos-nos dando por felizes por termos feito uma viagem sem problemas, por termos filhos saudáveis e por termos comida sobre a mesa. E que isto se mantenha por muitos e longos anos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um bem haja a todos vós


Olá a todos. É com muito agrado e satisfação que tenho vindo a constatar as novas aderências ao meu blog. Folgo em saber que além do povo português, também o brasileiro se identifica com a minha escrita. É bom demais saber que no outro lado do mundo existem pessoas a falar a mesma língua que eu e que ainda por cima, gostam do que mais prazer me dá fazer na vida: a escrita. Não sou pessoa de palavras caras, o textos em que tenho de consultar o dicionário de 5 em 5 minutos, não são para mim. Da minha limitada escolaridade, tento traduzir simplesmente o que me vai na alma, sem floreados, indo directo à questão, como se de uma conversa normal convosco se tratasse. Um muito obrigado a todos os que visitam o meu blog. Os vossos comentários são sempre bem vindos, mesmo que sejam para criticar algo com o que não concordam. Só desta maneira consigo evoluir e criar de um modo mais amplo e justo.  Se por acaso tiverem alguma sugestão, no sentido de melhorar este blog, por favor, não exitem em dizer. Agradeço a vossa divulgação ao meu trabalho e como não poderia deixar de referir, procurem pelos meus livros em www.euedito.com . O ultimo trabalho, O princípio de um fim qualquer, está à venda no site da editora. Em mensagens mais antigas, podem ver um pequeno resumo da obra, bem como algo sobre os meus dois livros para crianças. Sem querer parecer a nossa saudosa Amália Rodrigues, aqui deixo mais um muito obrigado a todos vós e um abraço amigo.