Bem vindos!

Conta-me histórias é um blog onde vos mostro alguns dos meus trabalhos e onde podemos falar de tudo um pouco. Apresenta certos assuntos que acho relevantes e interessantes, sempre aberta a conselhos da vossa parte no sentido de o melhorar. Obrigado pela vossa visita. Fico à espera de muitas mais.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sorriso divino ou luz apenas?

Todos sabemos que um arco-íris se forma, através da luz solar que incide sobre as gotas de chuva. Mas, sempre que vejo um , não posso deixar de pensar que se trata de um olá amigável de algo celestial, que vem assim presentear-nos com um sorriso colorido. Hoje, não vi um, mas sim dois arco-íris, um por cima do outro. Emanavam cores vivas e brilhantes. Ao princípio não se conseguiam ver na totalidade, mas passado algum tempo, lá apareceram eles, raiando o céu escurecido pelas nuvens carregadas de água. Quando os avistei, vinha a conduzir, e fui inundada por uma vontade imensa de parar o carro e ficar ali, apenas observando aquela beleza. Eram realmente muito lindos. Por baixo destes, pessoas passavam, parecendo não dar conta da ocorrência de tal fenómeno, ou simplesmente, nada surpreendidas com um casal de arco-íris. Coisa banal, dirão vocês, os sorrisos dos anjos, digo eu. E penso que é com estas simples coisas, que o Mundo nos presenteia. Dizem os entendidos que é muito raro avistar um conjunto de três arco-íris no céu. Por outro lado, existem avistamentos confirmados de quatro. Eu, contento-me com estes dois. Contentar me-ia com um apenas. Há quem diga que depois do diluvio, quando a Arca de Noé posou no Monte Ararat, Deus prometeu que nunca mais iria inundar a Terra, mostrando em tempos de chuva um arco-íris, como prova desse pacto com todas as criaturas do planeta. Seja como for, nunca fico indiferente a este espectáculo da Natureza, que me enche de esperança e de alegria. São estas pequenas coisas, explicadas ou não, que muitas vezes me fazem agradecer o facto de fazer parte deste Mundo maravilhoso.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não deixe a reserva chegar ao fim

A preguiça toma conta de mim, quando um dia com 24 horas não chega para tudo. No último minuto do meu dia, parece que deixei tudo por fazer, ou até que o que fiz não foi o suficiente para ter direito ao descanso. Isto, na maioria das vezes acontece, porque gostaria que a vida andasse mais rápido, revelando-me assim, o que o dia de amanhã trará. Nesta busca constante pelo futuro, não é a velhice que anseio, mas sim um qualquer final feliz, que me traga um novo começo. Não serei certamente a única a sentir o mesmo, mas por vezes isto é difícil de entender e ainda mais de explicar. O pior é que daqui a alguns anos esta mania de acelerar o relógio, transformar-se-à numa nostalgia dos tempos idos. Só espero que a tal nostalgia, venha acompanhada de recordações boas e não de coisas que poderia ter feito e não fiz. Seja qual for o desfecho, espero que consiga sempre ouvir e estar presente a todos aqueles que me são queridos. Porque feitas as contas, esses são os que realmente importam e que com os quais nunca me importarei de "perder" todo o tempo do mundo. Há muita gente que vive para o trabalho, desculpando-se com a velha frase de que o fazem para dar uma vida melhor aos filhos. Hoje não se dá uma festa porque não há tempo, amanhã compra-se um jogo, para compensar; hoje não se dá um beijo, amanhã vamos para as filas do MacDonalds, para compensar; hoje não temos tempo para nos deitarmos juntinhos a ver um filme, amanhã vamos ao cinema para compensar e com alguma sorte, não adormecemos pelo meio. Deixámos de usar o trabalho como um meio para atingir um fim e passámos a usá-lo com uma desculpa para tudo o que deixamos para trás. Embora toda a gente saiba que temos que trabalhar a fim de nos sustentar-mos, isso não implica que nos escondamos atrás do trabalho, deixando assim o verdadeiro trabalho por fazer. Um emprego é um meio de dar sustento aos filhos, mas as nossas obrigações não terminam aí. Há que deixar sempre um depósito de tempo para os que mais amamos. Mais vale 30 minutos a brincar com o seu filho, a ouvir o que tem para lhe contar sobre o seu dia, ou simplesmente a dar umas voltas de bicicleta, do que um dia inteiro de presença física. Há que pensar nisto de forma séria, porque os minutos, horas ou dias que passamos a adiar a festa na cabeça, o beijo, ou simplesmente o diálogo banal do dia a dia com os nossos filhos, nunca mais voltarão e, se deixados por fazer, nunca serão recordações, mas sim perdas de tempo. Resultado: criamos assim novos homens e mulheres com ânsia de compreensão e de partilha, que muitas vezes se revelam fatais, quando elas crescem e encontram um rapaz que lhes diz o que querem ouvir, ou quando eles encontram a rapariga que faz deles o que quer, em troca de um mimo. Além destes casos, temos ainda um outro, que é o de quando os jovens vão atrás de comportamentos destrutivos, tais como a droga, a bebida ou o crime, simplesmente para terem uma sensação de pertença, que raramente encontram em casa. O trabalho é importante e indispensável, mas tal como o seu carro tem uma reserva de gasolina, que nunca permite que acabe, mantenha você também essa última reserva para partilhar um pouco de carinho e atenção com quem ama. Ninguém lhe pagará por isso no final de cada mês, mas no futuro, essa poderá ser a diferença entre uma boa ou má velhice.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deixem de pensar pequeno!

Os sinais de mudança são gritantes, indicando cada vez mais os rumos a tomar. As mudanças nem sempre vêm coroadas de histórias felizes ou contos de fadas, mas são elas que nos fazem evoluir. Todos os dias somos bombardeados pela comunicação social, com relatos sobre a crise, reagindo com algum enfado ao chorrilho de medos e de dificuldades que nos tentam impingir. É claro que está à vista de todos que o panorama é muito mau e com tendência a piorar. Mas será que é praticando mais do mesmo, que fazemos a diferença? Não nos podemos esquecer que, directa ou indirectamente, todos temos uma quota parte de culpa para nos encontrarmos na situação em que estamos, ou não vivêssemos nós numa democracia. O problema é sempre o mesmo, as reacções também, e como tal, as crises não podem ser diferentes. O ser humano em geral, tem tendência em olhar para cima, em busca de respostas para os seus problemas. Um crente, esfola o nariz no altar, olhando os céus, procurando por um Deus que lhe resolva a vida, como se isso bastasse. Um sindicalista, faz greve, gritando palavras de ordem, olhando para o pedestal em que se encontra o Governo. Um pedinte, senta-se no passeio e estende a mão, em busca da tão necessitada esmola.  A pergunta que se coloca é a seguinte: quando vamos nós deixar de pedir, olhando para cima, começando a oferecer, olhando para o nosso lado? Poderão vocês dizer que nada têm para oferecer, mas todos sabemos que não é bem assim. Ficamos felizes por saber que o nosso país sabe receber e ajudar outros povos. Isto é de facto um grande feito para qualquer país, mas quando se trata do nosso vizinho, "ele que se amanhe! ". Costumamos dizer que existe sempre alguém em pior situação do que a nossa. Então porque não damos algo que nos sobra, a quem mais precisa? Quem tem roupa, que dê roupa; quem tem comida, que dê comida; quem não tem nada, ao menos que dê uma palavra amiga a quem tem menos que nada. Tudo isto sempre é melhor do que passar a vida a reclamar o que não se tem, e nada fazer para mudar. Esta greve "geral", como tantas outras greves, apenas serve para descansar a auto-estima de alguns que pensam que com isso cumpriram a sua parte na luta, reclamando contra um Governo que a maioria elegeu. Muita gente que foi considerada como aderente à greve, apenas faltou ao trabalho, porque foi privado de meios para ganhar um dia de salário. Uns não tinham transportes, outros não tinham onde deixar os filhos. Houve uma escola perto de Lisboa, que funcionou sem refeitório, deixando a única opção de almoço, ao bar da mesma. Acontece que a maioria destas crianças, já tinham adquirido a senha de almoço e, sem dinheiro para mais, se viram assim privadas de, quem sabe, comer a única refeição decente do dia. Dá que pensar, o que andamos todos aqui a fazer. Se lutamos por uma vida melhor para todos, porque será que nos é mais fácil reclamar, exigindo com palavras vãs, que nos dêem os nossos direitos, ou por outro lado, devemos pegar no que ainda nos resta e ajudar o próximo? Ghandi um dia disse: "No Mundo há o suficiente para todos, mas não para a ganancia de alguns." Se cada um fizer um pouco, brevemente teremos muitos poucos, que se tornarão num todo. O país não precisa de paralisações, precisa sim de um pai que olhe por um filho, de um vizinho, que ajuda outro vizinho, de um colega que trabalhe em equipa e não em seu único beneficio e finalmente, de sangue novo na politica. Sangue empreendedor e que além dos direitos dos cidadãos, apresente também soluções concretas para os problemas. Deixem de eleger sempre os mesmos, que discutem nas televisões e depois vão jantar todos juntos, enchendo os bolsos à custa dos mais pequenos. Deixem de pensar pequeno. E não digam que não há mais soluções ou opções de voto. Existem muitos jovens que apenas esperam por uma oportunidade de fazer melhor.  

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A colecção de A a Z


Olá a todos. Hoje venho mostrar-vos a minha mais recente obra, pertencente à colecção de livros infantis de A a Z. Este último é sobre diversos países, os seus costumes, a sua História, bandeira e línguas faladas. Nesta terceira edição, as crianças podem pintar as bandeiras dos diferentes países com as suas respectivas cores, ao mesmo tempo que ficam a conhecer mais sobre eles e sobre os seus habitantes. Chama-se Crianças do Mundo de A a Z e já o podem adquirir em www.euedito.com. O preço dos livros foi reduzido, passando dos iniciais 10 euros, para o valor de 8 euros cada.
                                         
                                           

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Deitou uma lágrima e morreu



"Esperou por mim, para morrer.Foi mesmo à rasquinha. Morreu nos meus braços."
"Deitou uma lágrima e morreu."
Este foi o relato de um marido e de uma filha que acabaram de perder a sua esposa e mãe. Para trás ficam 3 filhos, um deles menor, e uma casa de boas recordações, os risos, os afectos, uma vida de trabalho, os amigos...
49 anos de vida, 49 anos de amor destribuido por todos os que a conheciam. Ao entrar naquela casa, agora mais vazia, o sorriso de Fátima é uma imagem impossível de não imaginar, uma imagem visível apenas pelo terceiro olho, mas que nos transporta para aquele dia em que falámos pela ultima vez. Não somos grandes ao ponto de entender os critérios de quem morre ou fica, apenas nos podemos lamentar por partirem os que ainda muita falta nos fazem.
A ti, amiga, desejo que finalmente tenhas o descanso merecido depois de tão dura provação. Sei que te manterás por perto. Pelo menos, no meu coração ficarás eternamente. ´