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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vão mas é todos fazer bebés!


Já cheira a podre o discurso sobre as dificuldades dos portugueses, sobre os cortes nas pensões, na educação, na saúde e sabe-se lá mais a onde. No entanto fico sempre estupefacta com os discursos dos nossos (des)governantes que mais parecem atrasados mentais. (Peço desde já desculpa a todos aqueles que são portadores de deficiência mental). Talvez seja melhor pensar que eles são inteligentes, apenas subestimando um povo cansado e frágil, que se acostumou a ser tratado como retardado. Talvez o discurso do nosso Presidente da Republica seja o de um homem que tem sempre que dizer algum disparate, para justificar a fortuna que ganha, sem ter como principal objectivo a defesa do seu povo e o seu crescimento. Andamos com a cabeça cheia de "talvezes", enquanto estes parolos nos fazem a cama da mais vil das formas, prendendo-nos aos lençóis da miséria, deitando-nos nos colchões do medo e da fadiga. 
Há muito que deixei de ser optimista, encarando o futuro não como algo bem aventurado ou abundante, mas não me canso de lutar, pelo menos pelas necessidades básicas a qualquer ser humano.
Em 2007, o Presidente da Republica ficou muito admirado com a fraca natalidade do país e com o decréscimo do nascimento de crianças. Já na altura andava muito distraído, ou então (desculpem a franqueza)  Andava, como anda, a chamar-nos de estúpidos. Por vezes, mais vale ficar calado e assumir um papel de culto, do que fazer figura de parvo, que em nada contribui para quem (ainda) o ouve. 
As questões que assaltavam a mente de Cavaco Silva na altura, as tais que lhe "tiravam o sono", tinham tanto de nobre, como de ridículas. Fico tentada a pensar se, quando Passos Coelho nos mandou emigrar, Cavaco não o tenha seguido à letra e não esteja já noutro país que não o nosso, visitando-nos só quando tem que aparecer nos meios de comunicação social ou numa qualquer visita às suas amigas Cagárras. Se não vejamos:
Questões levantadas pelo Presidente da Republica, aquando da sua visita ao interior do país, em 2007: 
"Porque é que nascem tão poucas crianças?"
"O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?"
"Eu não acredito que tenha desaparecido nos portugueses o entusiasmo por trazer novas vidas ao Mundo."
"Algo está errado num povo que não cuida da sua continuidade."
"Um país sem crianças é um país sem futuro."
“Por isso, é que eu tenho incentivado muito a actuações de natureza política e de toda a sociedade, para conseguir que pais e mães apostem mais na vida.”

Epá, posso responder? Posso? Posso? Posso?
Aqui vai:
Nascem poucas crianças, porque a malta não tem dinheiro para calçar, vestir, alimentar, educar os filhos.
O entusiasmo dos portugueses está em alta. Gostamos mesmo de sexo ou não fossemos nós um país de "garanhões", e até praticamos mais, mas isto deve-se ao facto de já não termos "guita"para pagar a TV Cabo e só dá m****a na televisão publica. Vai daí a malta faz como antes, com a diferença é que toma meios contraceptivos para não agravar a miséria.
Quando a continuidade é trazer a este mundo mais bocas para passar fome, que se lixe a continuidade. Mais vale nem sequer nascer.
Concordo quando diz que um país sem crianças é como um país sem futuro. Por isso é que nos mandaram emigrar, para termos lá crianças que dêem um futuro a outro país que não o nosso. Este é mesmo para levar à extinção.
Epá, oh shor Presidente, esta ultima afirmação é que era escusada. Então o meu amigo diz qque tem trabalhado tanto para que os pais e mães apostem mais na vida e eu só vejo é mais miséria e mais cortes de todo o tipo? Explique-me lá como se eu fosse muito burra. É que eu sei que nos acha analfabetos e incultos, mas até um cego consegue ver que o seu esforço não foi suficiente ou até mesmo, inexistente. 

Quando abro o jornal de hoje e me deparo com esta noticia, (que de noticia não tem nada, visto que andamos nisto à tantos anos), 

"Estado corta 45 milhões nos apoios à maternidade"

explique-me lá onde se encontra o suor do seu trabalho?

A noticia continua com uma frase de abertura que até nos faz perder a vontade de dar "umas cambalhotas":

"As famílias portuguesas levaram um corte de 45 milhões de euros nas prestações de maternidade. São menos 200 mil euros por dia para apoios sociais como o abono de família ou o subsídio parental."

O Estado até beneficia com a descida da natalidade, visto que poupa nas despesas com os novos bebés, (abonos e outros). Mas como pretende que as pessoas tenham filhos, se depois os trazem para um cenário asqueroso onde há de tudo um pouco para criar um desfecho desesperante?
Ele é cortes nos subsídios de rendas, nas pensões, nos subsídios de desemprego, nos abonos, aumento das taxas moderadoras, aumento dos produtos alimentares, aumento dos combustíveis, aumento dos transportes públicos, aumento do IVA (que mandou milhares para o desemprego), aumento do desemprego a uma escala ridiculamente alta.

Perante tudo isto, só me resta perguntar a estes génios da politica, que representam o meu país:

Como é que sustento dois filhos menores com um subsidio de desemprego de 200 e poucos euros e um abono de 100 e uns trocos?

Enquanto espero pela resposta destes seres iluminados, digo:

Só não vos mando, a todos vocês no poder, praticarem o aumento da natalidade, pois o povo corre o risco de uma epidemia de políticos sem escrúpulos. No entanto, cada vez mais vos mandamos f***r, todos os dias. É a única coisa que merecem depois de nos afundarem neste lodo, que cresce a olhos vistos.

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