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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vamos fumar uma?



Portugal pode não ser o mais bonito dos países, mas é sem dúvida uma maravilha de norte a sul. Disso, qualquer português não pode ter dúvidas. Odeio quando ouço dizer que este é um país de "merda". Acho que quem o comanda e quem se serve dele e das suas gentes para seu proveito próprio é que deveria ter esse rótulo. E disto existem diariamente exemplos críticos. Não ensinaram aos poderosos que temos que preservar e divulgar o que de melhor somos e temos. Em vez disso, criamos pessoas que praticam a lei do mais forte, reduzindo a cinzas tudo o que se atravessa no seu caminho, em troca de enchimento dos próprios bolsos. Não bastante, colocamos estes senhores no poder, dando-lhe sinal verde para acabarem com o pouco que nos resta. Se tomarmos como exemplo os fogos florestais, haverá com certeza muito para dizer. Todos os anos é a mesma coisa: bombeiros valentes que além de lutarem contra as chamas, têm de lutar contra a má gerência dos meios que dispõem, ou mesmo sem meios apropriados. Gostava de os ver agora a combaterem incêndios com submarinos. Em vez disso, vale a bravura dos populares, que arregaçam as mangas na tentativa desesperada de que o fogo não lhes leve o pouco que o Estado ainda não conseguiu sacar.
Provavelmente não será justo pedir a um jogador de futebol famoso que ganha milhões de euros, para intervir, quando a Madeira, sua terra Natal, se encontra rodeada de chamas. Porque teria de ser Cristiano Ronaldo a comprar meios aéreos que ajudassem o combate às chamas, quando o próprio Presidente da Madeira vem dizer para a comunicação social que existem bombeiros a mais na Madeira? Penso que é pena que os filhos de Portugal mais poderosos lavem as mãos quando se trata de ajudar a sua terra, contentando-me assim com o pedido de Kátia Aveiro. A irmã de Ronaldo pede a Deus para que proteja a sua terra e todos os que nela habitam. Faz este pedido a partir do Algarve onde está a acompanhar o marido na festa de abertura da discoteca Seven. Podia juntar-se com a nossa Ministra do Ambiente e fazer umas novenas para que chovesse.
Mas enquanto uns se preocupam com os negócios de família, outros estão mais preocupados com a saúde dos portugueses. Ou de alguns portugueses. Parece que o Bloco de Esquerda continua com a ideia fixa de legalizar a canábis. Justifica a sua posição baseando-se no facto de que "o proibicionismo falhou e fracassou, não reduziu o número de consumidores de drogas ilícitas, não protegeu a saúde desses consumidores, atirou para a marginalidade e para o sistema prisional milhares e milhares de jovens e, sobretudo, alimentou um mercado clandestino". Bem, essa do mercado clandestino pode ser resolvida com o pedido de recibo. Se for um consumidor de 27 mil euros anuais, pode vir a receber um retorno de 250 euros. Do ponto de vista do Bloco, há que "legalizar e regular o consumo de canábis através da criação de clubes sociais de canábis para o consumo e a dispensa entre os seus associados maiores de 18 anos" e "legalizar e regular o cultivo de canábis para consumo pessoal". Isto era capaz de dar trabalho a mais uns quantos. Principalmente porque teríamos que contratar pessoal para atender os sócios do "clube", um ou dois jardineiros para cultivar nuns vasinhos e pessoal responsável pela fiscalização. Podíamos até arranjar umas t-shirts com imagem do "clube" e oferecer uns brindes, umas canetas, uns isqueiros, umas mortalhas...
Desculpem o meu sarcasmo, mas quem não tem dinheiro, nem trabalho, nem vida para isso, não tem vícios. Deixem de se preocupar com coisinhas de "merda" e verão como Portugal pode ser um país onde qualquer um gostaria de viver ou visitar.

1 comentário:

  1. acontece que economicamente falando esta medida seria boa para o país... chamaria atenção de turistas estrangeiros (tal como acontece na Holanda), criaria postos de trabalho (o tal jardineiro, talvez um segurança e um funcionário para atender) reduziria as detenções, custos processuais, e internamentos em reformatórios em penas por uso de drogas leves, e ainda aumentaria a receita dos impostos, porque ao ter um estabelecimento pagar-se-iam impostos, e ao comprar o produto pagar-se-iam outros impostos... além que a cannabis segundo os estudos faz menos mal à saúde que o tabaco e o alcól, e portanto tendo mais utilizadores de cannabis em substituiçao de fumadores e alcoolicos, teríamos menos custos no sistema de saúde

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