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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Um grito do Universo



ÓDIO  Aversão inveterada e absoluta; raiva; rancor; antipatia.


Muitos são os motivos que podem levar alguém a  odiar outra pessoa. Muitas vezes não está na nossa mão conseguir combater o que sentimos em relação aos outros. Mas temos sempre o poder de reagir da melhor ou da pior maneira em relação ao nosso objecto de ódio. Sinceramente acho que nunca senti ódio por ninguém, ou se o senti, foi momentâneo. Acho a palavra demasiado forte para ser dirigida de animo leve. Nesta definição do dicionário da palavra ódio, pode ler-se como sinónimo a raiva. No entanto, raiva não será o mesmo que ódio. Raiva é uma emoção superficial, uma coisa de momento, como uma birra. O ódio é mais profundo, é um sentimento enraizado que pode ser até perigoso.  Podemos ter raiva da chuva num dia em que planeamos ir à praia, podemos ter raiva de um vizinho que não nos segurou na porta, sabendo que moramos no mesmo prédio, podemos até ter raiva da colega que tem a mania que é melhor que nós. Mas quando odiamos alguém, é porque essa pessoa tem algum tipo de valor para nós. Não é possível nutrir ódio por alguém que não existe para nós ou que não nos interessa sobre nenhum ponto de vista.
Tanto a raiva como o ódio não fazem nenhum bem à saúde. O stress que é gerado pela raiva pode provocar enfartes. Por seu lado, sendo o ódio um sentimento enraizado, quando vai consumindo o equilíbrio interno do seu hospedeiro, revela doenças como a artereoesclorose, diabetes e até mesmo o cancro. E é aqui que o perigo se instala. Quando temos raiva ou odiamos alguém, as nossas atitudes, pensamentos ou acções dirigem-se ao outro sob a forma de maldade. Pensamos erradamente que estamos a atacar o outro, sem nunca nos apercebermos de como isso nos afecta muito mais a nós próprios. Tomemos o cancro como exemplo. Considerada a doença do século XXI, surge quando as células normais se transformam em células cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e invadirem os tecidos e outros órgãos. São muitos os factores que provocam o desenvolvimento desta doença como por exemplo, o tabaco, a exposição prolongada ao sol, etc. Estes são factores exteriores que podem e devem ser combatidos. Mas, ainda que não provado cientificamente, esta doença também se desenvolve através de uma programação de pensamentos e emoções negativas. A maneira positiva e de força interior de uma pessoa, juntamente com o facto da doença ser detectada a tempo, muitas vezes é o que distingue os sobreviventes das fatalidades. Já para não falar no facto de que esta doença é como uma catarse para quem a contrai. São vários os testemunhos de pessoas que depois de receberem a noticia de que têm cancro, mudam drasticamente a sua maneira de ver, sentir e encarar a vida. Os sobreviventes nunca mais voltam a ser as mesmas pessoas. Dão mais amor e atenção aos familiares e amigos, investem o seu tempo em algo com que sonhavam há muito, enfim, dão muito mais valor à vida e a tudo o que ela tem para oferecer. Poeticamente podemos dizer que embora de uma forma extremamente negativa, é a oportunidade limite para mudar por nós próprios. E assusta bastante que esta seja uma doença que alastra a ritmos alarmantes, dizimando a população humana. Esta doença é um grito do Universo que exige uma modificação de mentalidades e de valores urgente. Por isso, tente repensar sempre que possível e pergunte a si mesmo porque odeia uma pessoa, se realmente vale a pena gastar um minuto da sua vida a pensar em algo ou alguém que lhe provoca tanto mal estar. Se a sua resposta for não, veja o outro como alguém que também sofre que também ama, que também odeia, mas que se calhar não sabe o mal que isso lhe faz. Talvez assim consiga sentir uma certa compaixão em vez de ódio e reverta os sintomas de mau estar que o atormenta.


(Imagem retirada da Internet)






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