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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Plano de vacinação: civismo e tolerância


Se há coisas que me tiram do sério, são as faltas de respeito e de civismo. Fico passada quando estou, por exemplo numa fila para qualquer coisa e há alguém que se faz de parvo e se mete na minha frente. Ainda no outro dia, fui a uma bomba de gasolina e ao entrar na loja para pagar, fiquei logo mal disposta com a quantidade de gente que tinha à minha frente. Como se não bastasse, houve uma senhora, que foi passando por toda a gente e que se meteu mesmo à minha frente como se eu fosse invisível. Seguiram-se uns momentos de indecisão na minha cabeça; provavelmente iria apenas fazer alguma pergunta. Mas, não. Com o ar mais natural do mundo, pagou a sua conta e saiu. Fiquei parva, sem reacção com tamanha lata. Pensei em discutir, mas às vezes chego à conclusão que é o que estão à espera que se faça e por isso, nem digo nada. Por outro lado, já me aconteceu chamar a atenção de alguém que me passa à frente e ouvir a típica desculpa esfarrapada: "Ah! Estava na fila? Desculpe, que não vi." Dá vontade de responder: "Não! Estava só a ver as montras. Esteja à vontade!". Quando estava grávida, então, bancos reservados nos transportes públicos era para esquecer. Quem vinha sentado nesses bancos devia ter a doença do sono súbito; quando olhava do lado de fora do comboio, via as pessoas acordadas, mas assim que entrava com o meu enorme barrigão, já estavam a dormir com a cabeça encostada ao vidro. Sempre ouvi dizer que a gravidez dava sono, mas nunca pensei que fosse nos outros. Claro que nesse caso, muitas vezes "acordei" a pessoa a fim de me dar o lugar, ao que me chegaram a perguntar: "Ah! Está grávida?" Ao que me apeteceu responder: "Não! Acabei de almoçar, estou inchada." E que dizer das prioridades nas filas dos super mercados? Normalmente, nunca peço a vez nas caixas, porque se não pudesse ir ás compras por estar grávida ou por ter uma criança ao colo, pura e simplesmente não ia. Mas muitas vezes, são os próprios funcionários que nos dizem para passar à frente; coisa que faço com agrado. O que se vê em seguida, são inumeras caras de enjoo, por terem de esperar mais 5 minutos. Sinceramente, já me preocupei mais com isso, mas não deixa de ser interessante observar o egoísmo das pessoas. Outra que adoro é a do vizinho que está farto de nos ver entrar e sair do prédio, nem sequer nos dá os bons dias e no dia em que vou a entrar no prédio, cheia de sacos do Pingo Doce, deixa a porta fechar-se mesmo na minha cara. Se não fosse o facto de correr o risco de ficar sem as mercearias, largava os sacos no meio da rua, só para lhe olhar na cara e chamar-lhe palhaço.Tudo isto era evitado, se todos tomassem de vez em quando umas boas doses de civismo e  de tolerância em relação ao próximo.

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