Quando o planeta vai ao cabeleireiro

Hoje, dia 22 de Abril, é o Dia Mundial da Terra.
Muitas vezes nos referimos ao Planeta Terra como "o nosso planeta".
No entanto, ele não nos pertence, nós é que lhe pertencemos a ele. Somos meros inquilinos dum condomínio que precisa urgentemente de obras de remodelação.

A Terra é um ser vivo, logo convido-vos a imagina-la como um de nós.

Cada vez que se sente em baixo vai ao cabeleireiro: os vulcões entram em erupção alterando assim o aspecto do solo.

Às vezes gosta de ir dançar para expulsar as más energias: dão-se os tremores de terra.

Gosta de uns banhos de imersão: as cheias provocam desmoronamentos e inúmeros prejuízos.

Também gosta de cantar: trovoadas de meter medo.

Quando está com a "telha"dedica-se ás limpezas: tornados e ventos fortes.

Posto assim, até parece que estamos a falar de uma mulher. Mas chama-se Terra e não "Terreno".

Agora falando sério, temos assistido a cada vez mais fenómenos naturais aos quais não estávamos habituados. Olhamos impotentes, às catástrofes que têm atravessado todo o mundo. O que para nós são catástrofes, para a Terra, são alterações necessárias para se adaptar a novas eras de existência.

Claro que não conseguimos entender isto de ânimo leve, visto que no decorrer deste processo se perdem por vezes muitas vidas. Mas todos nós só cá andamos, no máximo, à cem anos. E estes processos já ocorrem há muitos milhões. O que é novidade para nós, é o normal funcionamento do Mundo. Só quando percebermos que o nosso "senhorio" nos deixa viver nesta casa sem pagar nada, e só pedindo em troca um pouco de cuidado e manutenção, é que vamos ver mudanças positivas e benéficas para todos.