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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Barraca dos Segredos - Terceira Gala

Olá, boa noite e bem vindos a mais uma fantástica gala da Barraca dos Segredos. Ai, credo! Fantástica gala soa mesmo mal. Adiante. Parece que encontramos um verdadeiro galã de novela dentro da Barraca. O nome dele é um pouco estranho, mas a sua vida foi sempre recheada de aventuras. Pois é. Parece que o Eki Valências é um verdadeiro Dom Ruan e a Angélica (nome artístico) ficou caidinha pelos relatos dos tempos de feirante do moço. Antes de passarmos às imagens, dêem uma espreitadela pelo plasma para relembrarem os segredos da Barraca. Ou, não. Como queiram.

- Antes da operação tinha bigode e chamava-me Adolfo.

- Todas as noites antes de me deitar, brinco com o meu...
- Na escola, a minha alcunha era "o piegas".
- Tirei a carta de condução na Feira de São Mateus.
- Tive a educação mais cara do país.
- Todos os dias peço a Deus que chova ou que faça sol.
- Já passei fome.

Junto do tanque, (foi o que se pode arranjar para substituir a piscina) Eki Valências e Angélica, conversam animadamente.
Eki: Pois é miúda, Aquilo no tempo de verão era brutal. Vinha pessoal de toda a parte e nós ali, à espera dos fregueses. Bem, eu era mais à espera das freguesas. Era cada febra!
Angélica: Gosto tanto de febras. Daquelas com corato e a escorrer gordura.
Eki: Uma boa febra me saíste tu. Se tivesses passado lá na feira deixava-te montá-lo de graça.
Angélica: Montar o quê, seu safado?
Eki: Calma, boneca. Montar no cavalo do carrocel.
Angélica: Aaaaii! Adoro carroceis. Sempre gostei de andar às voltas, ouvindo musica pimba em altos berros.
Eki: Se andasses no meu, quem berrava eras tu.
Angélica: Não sejas atrevido se não ainda te mando fuzilar.
Eki: Credo, miúda, és mesmo agressiva. É o que mais gosto numa garina.
Angélica: Então devemos estar certos um para o outro, pois eu gosto mesmo é de submissos e de minorias.
Eki: Esses não conheço, mas lá na feira costumava ver os concertos dos Xutos e do Quim Barreiros.
Angélica: Bolas! Gostas mesmo de feiras. Só sabes falar nisso? Conta lá como foi a tua primeira experiência com uma miúda. Aposto que foi na feira.
Eki: Bem, na verdade conheci-a na feira, mas beijei-a pela primeira vez na casa dela que era a uns metros de distancia. Bem, não foi bem a ela que beijei, mas...
Angélica: Já não estou a entender nada. Beijaste-a ou não?
Eki: Bem, sim e não. Isto foi assim: ela indicou-me onde era a casa e apontou para a janela do quarto dela. Ficou combinado que nessa noite eu entraria pela janela sem os pais dela saberem. Quando voltei, já no escuro da noite, e tocado por umas jecas que tinha tomado, enganei-me na janela e dei por mim a beijar a cota do quarto ao lado, que por sinal era a avó da miúda. Se pensarmos bem, por equivalência familiar, dei-lhe um beijo, mas como se ela tivesse mais setenta anos.
Angélica: Não percebi muito bem, mas ok. E foi só um beijo?
Eki: Não. Foi um beijo seguido de uma queda de dois metros de altura. Mandei-me da janela a baixo com o susto dos gritos da velha. E tu? Como foi o teu primeiro beijo?
Angélica: Foi há tanto tempo. Ela era loira e alta como uma gazela.
Eki: Loira e alta? Foi com uma gaja?
Angélica: Ahh! Eu disse loira e alta? Que estúpida! Loiro e alto. Foi o que quis dizer. Mas já lá vai muito tempo. E assim, coisas mais picantes? Não queres contar como foi a tua primeira vez?
Eki: Ok, mas depois contas tu.
Angélica: Tá combinado.
Eki: Cada vez que penso nisso fico todo arrepiado. Ela tinha um corpo escultural e a boca mais sensual que já vi. Estava vestida com aqueles uniformes escolares de saia às pregas muito curtinha. Começou a tirar a camisa devagar. E eu ali, todo excitado a ver aquilo. Virou-se de costas a despir as cuecas e eu a ficar maluco da cabeça. Esfregava-se toda e gemia ao mesmo tempo que comia uma banana da maneira mais sensual do mundo. Aquilo estava a deixar-me louco.
Angélica: E depois, e depois!
Eki: Depois...bem, depois a minha cota entrou no quarto e apagou a televisão. Deu-me um tareão por me apanhar a ver aqueles filmes porcos.
Angélica: Então mas estavas sozinho a ver um filme porno?
Eki: Sim, mas por equivalência foi como se fosse a minha primeira vez.
Angélica: Olha, vai-te lixar mais à conversa.
Eki: Angelina, Angelina! Olha, foi-se embora. Anda cá! Agora é a tua vez de contar.

E foi assim que ficamos a saber mais sobre a vida de feirante do nosso amigo Eki Valências. O segredo ainda não foi desvendado, mas podemos nós perceber qual é. Pois quem fala tanto de feiras só pode ter algo a ver com as mesmas. Eki já está à espera no confecionário. Vamos lá então estabelecer ligação com a Barraca.
Teza: Olá, Eki. Está bonzinho?
Eki: Olá, Teza. Estou bem e a Teza?
Teza: Eu estou encalorada com as imagens que vi onde o apanhamos em confidências com a Angelina. Então o Eki é um pouco assanhado com as miúdas, não é?
Eki: Eu? Porque é que diz isso, Teza?
Teza: Ora, ora. Porque eu vi e todos os portugueses também. As suas confissões à beira do tanque não deixam margens para duvida.
Eki: Pois, fiquei um pouco desiludido porque eu contei intimidades minhas e ela não contou nada como tinha prometido. Até parece que pertence à politica. Promete, promete e nada.
Teza: Pois foi, mas não fique triste. Vai ver que quando menos esperar ela vai-se abrir para si. 
Eki: Pois, Teza, acho que isso ela já fez. É que o jantar foi feijoada e ela estava mesmo sentada ao meu lado...
Teza: Bem...isso agora não interessa nada. Conte-me lá mais coisas sobre a feira. Parece que o seu segredo tem a ver com a sua vida de feirante. Como foi que começou a trabalhar nas feiras?
Eki: Bem, Teza, isto foi assim: a minha mãe fugiu do meu pai e casou com um feirante. Levou-me com ela, claro está. Nunca me abandonou. Assim, como aquele passou a ser o gajo que dormia com ela e nos pagava as contas, por equivalência, passou a ser o meu pai. Mas ele tava sempre a implicar comigo, a dizer que aquilo não era nenhuma pensão, que eu não queria vergar a mola, etc. Vai daí, quis tirar a carta, mas o cota não me dava guito. Até que consegui tirá-la na feira de São Mateus.
Teza: Mas espere lá. A feira de São Mateus também tem escolas de condução?
Eki: Não, Teza, mas tem carrinhos de choque e eu sou craque a conduzir aquilo. Eu sou o Ronaldo dos carrinhos de choque.
Teza: Bem, não estou a perceber a relação...
Eki: Bem na verdade eu não tirei a carta de condução, mas como andei dias a fio nos carrinhos de choque, foi-me dada a equivalência que me permite conduzir todo o tipo de veiculo ligeiros. Antes de vir para  a Barraca dos Segredos, andava a treinar na barca do inferno para tirar o brevê de avioneta, mas tive que adiar esse projecto.
Teza: Compreendo. Bem, vejo que tem tido uma vida recheada de aventuras e que por equivalência qualquer dia ainda chega a primeiro ministro. Deus nos livre! Volte lá para junto dos seus companheiros de Barraca e faça as pazes com  a Angélica, vá lá.
Eki: Acho que vou adiar isso para amanhã. Depois do jantar e da maneira como ela enfardou, é mais seguro assim. O quarto até deve parecer uma câmara de gás.

Bibliografia: http://jumento.blogspot.pt/2012/07/umas-no-cravo-e-outras-na-ferradura_11.html

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