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sábado, 3 de julho de 2010

Quem quer viver até aos 1000 anos?

Aubrey de Grey, um investigador britânico, afirma que num futuro próximo, o ser humano poderá não envelhecer e viver até aos mil anos. Segundo este investigador, através de técnicas de medicina regenerativa, será possível evitar a degradação das células e assim prolongar a vida. Agora, pergunto eu: quem está disposto a viver mil anos, nos dias que correm? Embora fosse bom sabermos que tínhamos tempo para conhecer as 10 gerações seguintes, que qualidade de vida teríamos? Seria talvez uma boa noticia para o Governo, porque em vez de nos podermos reformar aos 65 anos, podíamos fazê-lo aos 900. Isto para quem tivesse emprego, porque da maneira que está o desemprego em Portugal, teríamos 900 anos de pobreza.  Tal como Aubrey referiu, teríamos de ser submetidos a técnicas de medicina regenerativa, tratamentos que são dispendiosos, o que me leva a pensar, que só um grupo de previligiados poderia alcançar tal feito. E assim teríamos os ricos e poderosos a viver para além das marcas e os pobres a serem extintos. Um dos argumentos deste investigador é que uma das principais causas de morte no mundo é o envelhecimento, e que os Estados gastam muito dinheiro com os idosos. Com certeza que não se referia ao nosso país, pois a avaliar pelas reformas miseráveis e pelos preços que inúmeras famílias têm que pagar em lares, não entendo no que gasta o estado com a população mais velha. Aubrey diz ainda que isto não garante a vida eterna, pois podemos morrer de um acidente ou de alguma infecção. Aqui reside a ironia do destino: uma pessoa gasta rios de dinheiro em tratamentos regenerativos e um belo dia ao sair de casa, é atropelado por um autocarro. O que só prova a minha teoria de que não somos nós que mandamos no nosso tempo de vida. No dia que estiver marcado, não há ciência nem tratamentos que nos valham. Por mais que o Homem brinque a Deus, estamos a anos luz de compreender os seus feitos. Porque não, em vez de nos preocuparmos com o tempo de vida, não nos voltamos para a qualidade de vida no tempo que nos resta? Provavelmente, porque é mais trabalhoso e não dá tanto lucro aos Estados.

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