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sexta-feira, 20 de junho de 2014

A musa do amor livre e do prazer sexual

Não sei se sou a única a pensar assim, mas gostaria que chegasse o dia em que as mulheres pudessem realmente expressarem-se sexualmente da mesma forma que os homens. 
Não me refiro ao velho piropo em via publica, mas à verdadeira expressão de poderem abordar este tão famoso tema sem serem imediatamente rotuladas e acusadas de depravadas ou ordinárias. 
Porque não falar de sexo, de amor e de relações amorosas com simplicidade e honestidade?
Porque não entender de uma vez por todas que homens e mulheres não são assim tão diferentes e que sentem, respiram e se relacionam da mesma maneira.
Não, isso não é coisa só de "gajo".Elas também falam sobre isso, pensam nisso e fazem isso, cada vez com mais naturalidade. 
Para isso ser possível, muitas décadas passaram, e atrevo-me a dizer que muito ainda falta acontecer para termos o mesmo à vontade do "sexo forte". 
Foi às mulheres que foi imposta desde sempre a mordaça que não lhes permite abrirem a boca para tocarem no assunto de ânimo leve. 
O sexo há muito que deixou de ter a conotação de pecado. E o erro primário foi ter sido considerado um antónimo de amor. São coisas diferentes que se completam, tal como uma cebola e uma folha de louro. Tão diferentes na sua textura e apresentação, mas que juntos participam num excelente refogado. 
Comecei esta postagem por dizer que não sabia se era a única a pensar deste modo. Acredito que não sou. Ou pelo menos, já existiram pioneiras que devido ao seu enquadramento temporal, chocaram os mais sensíveis com a sua audácia. 
Um belíssimo exemplo do que digo é o de Leila Diniz, uma actriz brasileira, a mulher de Ipanema, defensora do amor livre e do prazer sexual, lembrada como símbolo de revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus através das suas ideias e atitudes.
Drummond de Andrade referia-se a ela dizendo: "Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão."
Se tiverem coragem e paciência de ler a tão famosa entrevista dada em 1969, perceberão que esta mulher nasceu fora do seu tempo, mas com uma bagagem cheia de mensagens interessantes e que reflectem o que a maioria ainda hoje pensa, mas não se atreve a dizer. 
Basta aceder aqui para saber mais sobre esta personagem marcante:
Se quiserem investigar mais e lerem a surpreendente entrevista, acedam aqui:

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