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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Viver não custa; custa é saber viver



Portugal é um país onde nos habituámos a reclamar por tudo e mais uns trocos. Para o português nada está como deveria estar. Se chove, é porque chove; se não chove é porque temos seca. Se faz frio, é porque faz frio; se não faz frio, está um calor que não se aguenta. Se temos passagens aéreas para atravessar as linhas dos comboios, passamos na linha para não ter que andar muito; se não temos passagens aéreas para atravessar as linhas dos comboios, rebentamos com os muros que nos impedem de passar por elas.
Foi o que aconteceu em Vila Nova de Gaia, quando os moradores de S. Félix da Marinha destruíram pela terceira vez um muro, que impede os peões de atravessarem a linha do comboio, passagem que usam para chegar à praia. Os moradores encontraram desta forma uma maneira de reclamarem junto da REFER, exigindo uma passagem desnivelada.
E agora pergunto eu: e se no meio dessa reclamação, alguém tem o azar de ficar debaixo de um comboio, de quem é a culpa? Além disso, não será mais cansativo dar cabo de um muro, do que dar uma grande volta para chegar ao destino?
Estou mesmo a imaginar a a típica família portuguesa a chegar à praia de sacos, toalhas, bóias e com a tradicional geleira na mão. Dizem os putos:
- Pai, podes encher a minha bóia?
Responde o pai:
- Tás parvo, ou quê? Achas que depois de deitar aquele muro abaixo, ainda tenho fôlego para encher seja o que for? Vou mas é beber uma "mine" ali ao bar.
E lá vai ele, beber a sua "mine", ver as miúdas passar e fumar o seu cigarrinho. Ai, como é bom ir à praia em família.
Por falar em fumar um cigarrinho, parece que o ministro da saúde islandês propôs um projecto lei, no mínimo, inovador: fazer do tabaco um produto sujeito a receita médica.
Visto assim a cru, parece uma ideia patética, mas se traduzirmos isto para a realidade do nosso país, faz algum sentido. Se não vejamos:
- O tabaco passaria a ser vendido exclusivamente nas farmácias. Isto era bom a nível de poupança, pois ao entrar num estabelecimento para comprar tabaco, pedimos sempre um café ou uma cerveja. Numa farmácia ninguém vai beber um frasco de Benuron, para em seguida fumar um cigarro.
- O tabaco seria prescrito pelos médicos de família. Como mais de metade da população portuguesa não possui médico de família, a maioria dos fumadores deixariam de fumar (legalmente).
- Os que fossem apanhados a fumar sem receita médica, eram penalizados com multas. Os cofres do estado enchiam e podia ser que não fosse necessário tanta caça à multa nas estradas.
Esta questão das receitas médicas é que me custa a visualizar. E se o médico exercendo o seu direito de objector de consciência, não quiser passar a receita? Ou se for como o meu médico, que quando é preciso, vai de férias, quando volta, vai de baixa e quando regressa, vai para um qualquer congresso? Isto expandiria com certeza uma espécie de "mercado negro" das receitas médicas, ou até mesmo, algum tipo de contrabando.  Já estou a imaginar a cena: uns sujeitos de aspecto duvidoso, à porta dos centros de saúde, de gabardina comprida, escondendo um mostruário de maços de Ventil, Filtro, ou Mallboro, aliciando à compra ilícita do produto. Nisto, vem um policia:
- Boa tarde, senhor transeunte. A sua receita médica, por favor.
E a pessoa em questão a apalpar os bolsos, alegando que a deixou em casa.
- Muito bem, vou autoá-lo.
- Oh, senhor agente, não faça isso. Isto já anda tão mau, estou desempregado tenho três filhos, uma mulher acamada e a minha sogra num lar.
- Bem, está bem. Dê-me lá três cigarrinhos e não se fala mais nisso. Mas para a próxima, não se livra.
O melhor mesmo, é deixar de fumar. O tabaco é um vicio cada vez mais caro e extremamente prejudicial à saúde. Será melhor em vez disso, ocupar o seu tempo com coisas mais saudáveis, tais como o exercício físico. Fazer um jogging matinal, caminhada, desporto ou... sexo.
É o que faz chefe de estado Italiano, Sílvio Berlusconi que, segundo o seu médico pessoal, pode manter seis relações sexuais por semana, apesar de precisar de descansar ao sétimo dia. Penso que já a Bíblia se referia ao mesmo, (talvez sobre outro assunto), quando Deus ao sétimo dia descansou. A única prescrição médica é fazer uma soneca de 45 minutos todas as tardes.
Aos 74 anos de idade, e depois de ter vencido uma batalha contra um tumor na próstata, a vida de Berlusconi resume-se a ir ao Parlamento dizer umas piadas, fazer sexo e dormir umas sonecas. (Encerra ao Domingo, para descanso do pessoal)
Viver não custa; custa é saber viver.





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