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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fui eu, mas não estava lá


 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Ou mudam-se os preços e descem os valores. Seja como for, fiquei feliz por saber que o furacão do jet-set, José Castelo Branco, finalmente se curou do seu ataque de amnésia. Parece que depois do video das orgias ter sido colocado num site porno e ter sido visitado por mais de 60 mil pessoas, a memória do socialite voltou ao lugar. As desculpas foram mais que muitas durante todo o processo de falta de memória: primeiro não era ele, mas sim um sósia, depois foi drogado e não estava no seu juízo perfeito, em seguida, ameaçou processar o empresário e a esposa por terem filmado as cenas, e finalmente assumiu que sim, que fez o que todo o mundo faz e até já fala em virar actor pornográfico. Pode até ser que Castelo Branco tenha finalmente encontrado a sua vocação. Já estou a imaginar os títulos: "Entrando no Castelo"; "Será carne ou será peixe"; "O Branco de neve e Os sete anões"...
Não sei se intencionalmente, ou não, ontem pude assistir a uma reportagem na televisão sobre o jet-set. Claro que Castelo Branco e Lili Caneças foram as estrelas da peça. Basicamente fiquei a saber o mesmo que sabia sobre estas personagens e o que é ser jet-set. Parece que é alguém que vai a muitas festas e que se passeia por entre os demais convidados com as melhores marcas de roupa e de assessórios. Dizem as más línguas que muitas dessas peças são alugadas, o que deve ser um trauma, pois passar uma noite inteira com medo de entornar algo em roupas de estilistas conceituados, deve ser um pânico. Fora isso, é comer e beber, largar umas chalassas e falar da vida alheia por entre cocktails e risos falsos. E depois? E na vida real desta gente? Será que pelo meio de escândalos, festas e roupas caras, existe lugar para a vida real? A que horas do dia deixarão cair a máscara e se assemelharão aos comuns mortais? E ser do jet-set é assim tão importante para render um património milionário às editoras de revistas cor de rosa? Não será bem mais rentável termos a nossa vidinha pacata, podendo estar rodeados de quem amamos, ao invés de gente falsa que parece rir-se para nós, quando está na verdade a rir-se de nós? Será assim tão importante a nossa imagem aos olhos dos outros, quando na intimidade nos portamos como animais com o cio? Impulsos sexuais, tendências sexuais, fetiches e paranóias, todos nós temos. Mas não penso que seja assim tão importante que toda a gente saiba o que fazemos na vida privada. Existe muito gente que todos os dias aparece na televisão e nos jornais e não necessita de se expor assim. Mas infelizmente, o jet-set alimenta-se dos que compram essas revistas e que preferem ler sobre o ultimo capitulo da vida da Floribela do que assistir a uma peça de teatro ou ver um bom concerto. A desculpa é a falta de dinheiro, mas se fizerem contas ao que gastam para ler sobre a vida dos outros, vão ver que até saía mais barato investir numa ida ao teatro, ao cinema ou a um concerto. E para quem alega não ter tempo, tente trocar o tempo que perde a ler essas revistas, por um bom livro. A cultura cabe em todo o lado e nunca é demais. E para que não me chamem hipócrita, aqui vai o meu agradecimento ao Senhor(?) Castelo Branco, por me dar um tema sobre o qual escrever.



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