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domingo, 15 de dezembro de 2013

Os vampiros andam entre nós



Sabem aquele amigo ou conhecido chato e repetitivo, que vos consome a paciência, apenas por entrar na mesma sala onde estão? Quem não tem uma personagem destas por perto?
Mas que ninguém se iluda. Estas melgas não são sugadoras de sangue, mas sim de algo que também nos é vital: ENERGIA. Talvez por isso cheguemos a dizer que nos cansam. E literalmente é o que nos fazem. Esgotam-nos seja emocionalmente, seja animicamente, seja a paciência. 
Todos nós temos um pouco desse vampirismo.Todos nós produzimos desgaste em alguém, em maior ou menor proporção. E as armas que usamos, são tão abrangentes que, quando levadas a extremos, dão até para catalogar os vampiros energéticos.

Tipos de vampiros:

O coitadinho - Este é talvez o mais assustador de todos. Partilha as tristezas da sua vida vezes sem conta. Pessimista por natureza, sempre pronto a fazer saber que é a criatura mais infeliz do mundo, na esperança de captar as atenções através da compaixão dos outros. Por norma dá-se mal com o desprezo e arremessa com agressividade, insultando ou falando mal da vitima nas suas costas.

O comerciante - Por norma é alguém com algum poder económico. A sua arma é pagar copos a toda a gente ou tentar resolver a vida dos outros, muitas vezes, mesmo sem lhe terem pedido fosse o que fosse. O pior que lhe podem fazer é recusar um favor que ele peça. Na hora que este "amigo" vos faz um jeito, é como se tivessem assinado um contrato para a vida. A divida nunca mais será saldada.

O empata - Tem que estar sempre em cima do acontecimento, mesmo sem ser convidado para a conversa.
Destabiliza o ambiente, quase sempre com conversas sem nexo, mas que servem para sugar a atenção desejada. O seu passatempo preferido é arranjar assunto, por mais fora de contexto que seja, para se fazer notado. Brincar com a situação, não o levando muito a sério é o melhor para os dias bons. Num dia mau, há que ser directo e firme e enxotar a melga de vez.

O culto - Ninguém percebe nada melhor que este vampiro. Já fez tudo o que havia para fazer, conhece o  mundo inteiro e tem influências em todo o lado. A opinião dos outros é pouco relevante. Ao ser cortado, usa a postura de superioridade e gera conflitos sem fundamento. Deixá-lo a falar sozinho é uma opção.

O psicologo - Por norma estuda a presa antes de atacar. Escolhe a sua vitima e lê tudo, desde os gestos, á maneira de andar, vestir, falar. Depois, tenta por todos os meios adivinhar o que vai na cabeça do outro e baralhá-lo com afirmações nem sempre muito cordiais. A dica é entrar no jogo e baralhá-los ainda mais. A quem tudo quer saber, nada se deve dizer.

O copião - Não suporta o amigo, mas na verdade, falta-lhe a coragem de ser metade do que o outro é ou representa. A solução é mimar a vitima e por trás odiá-lo. Dissimulados, quando peritos na arte, podem causar grandes danos sem que a vitima se aperceba. Confiar desconfiando é o melhor remédio.

O apaixonado - A pessoa que elegem para lhes servir de refeição é a sua cara metade. Dão tudo a essa pessoa, empoleiram-na num pedestal. Só ao lado do outro se sentem alguém e por isso sufocam a vitima com atenções e mimos, temendo que esta lhes fuja. Podem tornar-se violentos quando o seu motivo de vida se cansa da perseguição cerrada. Os sinais de bajulação em demasia podem servir de alerta. Nunca perca de vista aquilo em que acredita e defende, em troca do seu próprio ego.

Existem com certeza mais tipos de vampiros energéticos. No entanto estes já são o suficiente para nos fazer pensar. Não que tenhamos de andar com uma estaca de madeira na mão, um colar de alhos ao pescoço ou um crucifixo no bolso, mas não faz mal nenhum analisar o mau estar que algumas pessoas nos causam e começar desde já a tomar a medicação.
Acima de tudo, o melhor repelente é sermos nós próprios e, ao analisar os diversos comportamentos, não permitir que o vírus se instale. 
E atenção: muitas vezes o que mais nos causa desconforto nos outros, é precisamente aquilo que temos que modificar em nós próprios. Não é à toa que os vampiros não se conseguem ver reflectidos nos espelhos. Ainda não aprenderam o que é sentir-se na pele do outro e o seu egocentrismo tolda-lhes a visão de uma maneira tal, que acreditam ser o motivo da terra girar.








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