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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

De vez em quando...recarregue as baterias!

Viver em função dos outros, nunca deu frutos duradouros. Seja uma mãe que vive somente para um filho e que, ao vê-lo crescer, vai perdendo terreno em relação à sua vida; seja uma esposa sempre dedicada, que deixou tudo por fazer em prol do seu marido; seja um irmão mais velho, que ao ver o pai ausente e ao perder a mãe, se vê obrigado a tomar a responsabilidade de tomar conta de um filho que não é seu. Cada caso, é um caso e a vida muitas vezes nos empurra para tomadas de decisão, que nos afastam da nossa própria essência. Da nossa verdadeira missão. Nunca poderemos ser felizes ou totalmente realizados, vivendo única e exclusivamente para os outros, mantendo aquilo que queremos longe dos nossos horizontes. Não quero com isto dizer, que devemos deixar os outros para trás, em função do que queremos para nós. Penso que essa também não será a melhor opção, tornando a pessoa egocêntrica e egoísta. Do que falo, é do meio termo entre o que podemos fazer pelo outro e o que devemos fazer por nós próprios. Como exemplo, posso aqui confidenciar-vos uma parte de um dia da minha vida, em que saí de casa uma hora mais cedo que o necessário para ir trabalhar. Por incrível que pareça, ou não, raramente em casa tenho tempo para fazer algo tão simples como pegar num livro. Pois bem, saí de casa com uma hora de antecedencia, dirigi-me a um café perto do local de trabalho, pedi uma bica e sentei-me a ler um livro. "Grande feito!"- dirão vocês. Mas se tivermos em conta, que durante quase todo este processo, não passaram 10 minutos em que não me sentisse culpada por ter tirado aquele tempinho para mim, posso dizer-vos que foi um grande feito. O ego é matreiro e mesquinho, preferindo sempre mais do mesmo, a uma contradição ou mudança de planos. E como assim é, não me deu descanso, tentando que a culpa me roesse por dentro, evitando que repetisse a graça. O melhor de tudo foi que, mesmo com culpa, senti-me como não me sentia há muito, apenas por ter tirado um pouco de tempo para mim. E foi seguindo esta linha de raciocínio, que finalmente calei o meu ego, deixando a promessa de novas alterações de rotina. Se não o poderem fazer todos os dias, façam-no todas as semanas: tirem tempo para vós. Nem que seja meia hora. É o suficiente para a vossa sanidade mental recarregar baterias. Quanto à culpa, pensem só que ao tirarem tempo para vocês, não o estão a tirar a ninguém, pois o tempo não tem dono. E se calhar, os nossos entes queridos, apreciarão mais uma pessoa descontraída e feliz ao seu lado, do que uma pessoa rezingona e queixosa da falta de tempo que tem para si própria.

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