Não me lembro da última vez
Em que fui feliz de verdade
Apenas rasgos de alegria
Por entre a dura realidade
Crescer depressa demais
Foi-me imposto desde cedo
E há muito que tento
Libertar-me deste medo
Medo de falhar
Medo de não estar à altura
Medo da solidão
E até da própria loucura
A felicidade vai fugindo
A realidade tem-se imposto
Numa luta desigual
Que deixa marcas no rosto
Marcas de cansaço
Marcas de tristeza
Marcas de esperança
Com nenhuma certeza
O futuro é incerto
Mas no turbilhão de emoções
Encontro sempre espaço
Para novas desilusões
Pois com elas aprendo
E na luta vou caindo
Mas depressa me ergo
Da vida nunca fugindo
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