Me levam ao mesmo céu
Tudo cai, passa e torna a subir
E nos entretantos da vida
Nos murmúrios do coração
Que suspira de cansaço
Volto a ser o que sempre fui
Sem lição aprendida
Estou dormente, inanimada
Estarei viva, afinal?Serei apenas caco
Do espelho de outr'hora
Diz-me tu que tanto sabes
O que posso ser aindaDepois de ter dado tudo
Após morrer e voltar a nascerDe tudo, pouco que dei
Que era tudo o que tinha
Nada sobrou de mim
Rejeitaste o bom, o mau
O assim assim
E criaste por fim
Tudo o que tens hoje
Apenas o que sempre fui
Sou vitima do meu próprio crime
Amei demais sem saber
Pagarei a minha pena
Reaprendendo a viver
Somos apenas a casca e a folha. Rilke
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