O fair-play é bonito de se ver

Já sabia que o pessoal do Porto era tudo boa gente, mas nunca pensei que fossem assim tão amigos de dar. Então não é, que durante o jogo Porto- Benfica do passado Domingo, presentearam as visitas com brindes? Achei uma iniciativa muito criativa, eu e o Presidente do Benfica, que acho que está a pensar adoptar  a mesma ideia e presentear os Dragões na sua próxima visita, com porta chaves do clube  e algumas cadeiras que ainda tem na arrecadação, do antigo estádio da Luz. Mas voltando ao jogo, ele havia de tudo, telemóveis, isqueiros e um brinde, que para mim não fez lá muito sentido, bolas de golfe. Tal vês seja para dar a conhecer novos desportos que não o futebol. Os portistas, foram tão amáveis para com os benfiquistas que,quando o ar condicionado do autocarro do Benfica se avariou, abriram logo uns "pequenos furos"nas janelas, tudo para a comitiva benfiquista viajar mais arejada até Lisboa. Até a policia foi vestida a rigor para o evento, com os seus lindos capacetes e envergando luzidios bastões com que acenavam por cima dos adeptos a fim de os espicaçar para a festa. Tudo correu ás mil maravilhas. Os Benfiquistas, ficaram algo desapontados com o resultado do jogo, já que perderam 3- 1 no estádio do Dragão, mas nos túneis tudo estava em festa. Agarravam-se uns aos outros em plena comemoração. O fair-play é uma coisa muito bonita de se ver. Luisão ainda se armou em importante, quando lhe mandaram com um telemóvel e viu que era um modelo antigo, devolveu para a assistência, dizendo que tinha um topo de gama. Enfim, tem sempre que haver alguém que tenta estragar a festa. Mas o que importa é que realmente somos um povo muito unido e amigo do seu amigo, que gosta de partilhar e de receber bem os convidados. Se a moda pega e chega à Assembleia da Republica, qualquer dia ainda vemos o Primeiro Ministro a mandar uma caixa de charutos à cabeça de Pedro Passos Coelho, ou Paulo Portas a arremessar um submarino para cima da bancada do Bloco de Esquerda, tudo em nome de uma coligação para ajudar o país a sair da crise.